Mude a cada dia!


“Mude.
Mas comece devagar, porque a direção é mais importante do que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, do outro lado da mesa. Mais tarde mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, troque o caminho, ande calmamente por outras ruas, observando com atenção os lugares por onde passa.
Mude por uns tempos o estilo das roupas; dê os sapatos velhos e procure andar descalço alguns dias - nem que seja em casa.
Tire uma tarde inteira para passear livremente, ouvir o canto dos passarinhos ou o ruído dos carros.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama. Em seguida, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV , leia outros livros, vivos outros romances – nem que seja em sua imaginação.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia.
Coma um pouco menos, coma um pouco mais, coma diferente; escolha novos temperos, novas cores, coisas que você nunca ousou experimentar.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde, ou vice-versa.
Tente o novo todo dia: o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, a nova posição.
Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame cada vez mais, de modos diferentes. 
Troque de bolsa, de carteira, de malas, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. 
Mude. E pense seriamente, (se não está satisfeito) em arrumar outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais parecido com o que você espera da vida, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as: seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda, e você está vivo.”

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